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Pagamentos do tribunal em atraso
Thread poster: Hugo Fernandes
António Madeira
António Madeira
Portugal
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@expressisverbis Jul 29, 2020

Com certeza, expressisverbis.
É normal que quem está a começar, aceite qualquer coisa que lhe seja proposto, por desconhecimento ou simplesmente porque precisa de trabalhar.
A minha mensagem atrás não é uma crítica ao Hugo Fernandes nem a ninguém em específico, mas apenas um desabafo de quem está cansado de ver este tipo de casos e de abusos.
Este é apenas um dos muitos exemplos que tenho visto e lido de outros colegas. O Estado é sempre (ou quase sempre, para não
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Com certeza, expressisverbis.
É normal que quem está a começar, aceite qualquer coisa que lhe seja proposto, por desconhecimento ou simplesmente porque precisa de trabalhar.
A minha mensagem atrás não é uma crítica ao Hugo Fernandes nem a ninguém em específico, mas apenas um desabafo de quem está cansado de ver este tipo de casos e de abusos.
Este é apenas um dos muitos exemplos que tenho visto e lido de outros colegas. O Estado é sempre (ou quase sempre, para não me lerem literalmente) o pior pagador, mas qualquer empresa que diz pagar a quatro, cinco e seis meses não pode ser uma empresa séria ou não respeita o trabalho que está a pagar. Isto é válido para tradutores ou para carpinteiros. Todos sabemos as dificuldades do mercado nacional, mas quando as condições são estas logo à partida, deveríamos proteger-nos a nós próprios e a toda a classe recusando este tipo de falta de respeito. Queiram acreditar que o faço por mim e por todos quando recuso trabalhos, o que, infelizmente, acontece com mais regularidade do que gostaria.


expressisverbis wrote:
Eu não o levo a mal.
Sobre a minha experiência com tribunais, vou contar o que se passou.
Entre 2004/2005 tinha acabado o meu curso. Precisava de trabalhar (como todos).
Inscrevi-me durante uma feira de emprego e comecei a ser contactada por tribunais e polícia (PSP e Judiciária) da minha área de residência.
Tudo correu bem. Pagavam-me a tempo e horas e de acordo com os honorários que eu mesma fixava.
E foi assim durante algum tempo, até há uns bons anos atrás em que um tribunal do Grande Porto pagou os tais míseros 75,00 euros passado 3 anos e um senhor juiz de um tribunal do Porto me estipulou os seus "reduzidos" honorários!
A partir daqui deixei de trabalhar para esta instituição.
Sobre o que refere, é realmente um abuso, concordo, mas talvez essas pessoas que aceitem essas condições de pagamento sejam tradutores que estejam no início da sua carreira e há que começar por algum lado, caso contrário, estarão atrás de um balcão com alguma sorte.

[Edited at 2020-07-28 08:27 GMT]

[Edited at 2020-07-28 10:38 GMT]
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expressisverbis
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Não se preocupe, eu entendi-o perfeitamente... Jul 29, 2020

António Madeira wrote:

Com certeza, expressisverbis.
É normal que quem está a começar, aceite qualquer coisa que lhe seja proposto, por desconhecimento ou simplesmente porque precisa de trabalhar.
A minha mensagem atrás não é uma crítica ao Hugo Fernandes nem a ninguém em específico, mas apenas um desabafo de quem está cansado de ver este tipo de casos e de abusos.
Este é apenas um dos muitos exemplos que tenho visto e lido de outros colegas. O Estado é sempre (ou quase sempre, para não me lerem literalmente) o pior pagador, mas qualquer empresa que diz pagar a quatro, cinco e seis meses não pode ser uma empresa séria ou não respeita o trabalho que está a pagar. Isto é válido para tradutores ou para carpinteiros. Todos sabemos as dificuldades do mercado nacional, mas quando as condições são estas logo à partida, deveríamos proteger-nos a nós próprios e a toda a classe recusando este tipo de falta de respeito. Queiram acreditar que o faço por mim e por todos quando recuso trabalhos, o que, infelizmente, acontece com mais regularidade do que gostaria.


... e não me senti atingida, António.
Em relação ao privado, convém, em primeiro lugar, "checar" a empresa e verificar se é fidedigna (seja neste fórum ou noutro local qualquer online); em segundo lugar e, se a mesma for fiável, acordar tudo logo no início (a saber, preços e prazos de pagamento, referindo que se emite recibo-verde e/ou fatura-recibo) e terceiro, "agarrar" os bons clientes (empresas e/ou clientes diretos) e quem não trabalhar com boa-fé, excluir.
Em Portugal, a classe do tradutor está muito mal representada, as associações fazem o que podem (e o que não podem), não há legislação precisa sobre a profissão e toda a gente faz o que quer, inclusive, o Estado.
Estamos a prestar um serviço (que é "sempre para ontem") tal como qualquer outro prestador de serviços, cujo pagamento é feito após o serviço concluído.
Isto devia acontecer com os tradutores que trabalham por conta própria e/ou independentes.
Tenho esperança de que um dia as coisas mudem para melhor!
Tenha uma boa noite!


 
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